Série D 2023

Brasil perde por 2 a 1 para o Caxias, no Centenário

Xavante sai atrás, busca empate e vê o Grená retomar a vantagem. Time corre o risco de ficar a cinco pontos do G-4 do grupo A8 após quatro rodadas

Foto: Luiz Erbes - Caxias - Todos os gols saíram durante a etapa inicial na Serra

O Brasil perdeu por 2 a 1 para o Caxias, durante a tarde deste sábado (27), no estádio Centenário, na Serra. Pela quarta rodada da Série D do Brasileirão, o Xavante saiu atrás, buscou o empate e voltou a ver o rival abrir vantagem. Com o resultado negativo, o Rubro-Negro segue sem vencer na competição nacional.

O time de Rogério Zimmermann criou várias ocasiões de gol, mas repetiu problemas de conclusão dos lances. Caiu para o sétimo e penúltimo lugar da chave A8 ainda antes do fim desta rodada. Domingo, Aimoré x Novo Hamburgo jogam em São Leopoldo, e o São Joseense visita o Concórdia.

No outro duelo do grupo que aconteceu neste sábado, o Hercílio Luz ganhou por 2 a 1 e quebrou o aproveitamento de 100% do Camboriú, que ainda é líder da chave. Na próxima rodada, o Xavante, que corre risco de ficar a cinco pontos do G-4, receberá o Aimoré, domingo, no Bento Freitas.

> Tempo real: minuto a minuto, veja como foi Caxias 2 x 1 Brasil.

RZ tira Da Silva dos 11 iniciais

A escalação do Brasil no Centenário teve uma surpresa. Pela primeira vez nesta temporada, Da Silva não foi titular. O centroavante começou no banco, e Márcio Jonatan foi escolhido para ser a referência do ataque, modificando a característica. Na linha de três meias, Branquinho entrou pela direita, com Beléa sendo mantido por dentro e Rafael Pernão na esquerda.

Como era esperado, o volante Amaral e o meia Patrick continuaram fora da equipe, ainda em recuperação de lesões. Afonso também não apareceu entre os relacionados.

Gols em momentos de superioridade

A etapa inicial na Serra teve três fases claras. Durante a primeira delas, por 15 minutos, o Caxias foi superior e abriu o placar. Depois, o Brasil cresceu e, também merecidamente, conquistou a igualdade parcial. Em seguida, os donos da casa voltaram a tomar as rédeas da partida e, como consequência, foram aos vestiários em vantagem no placar.

A primeira ameaça grená aconteceu aos dez minutos, quando o lateral-esquerdo Jonathan bateu de fora da área e obrigou Pitol a defender. Na sequência, Marciel fez o mesmo. Sem ação, o goleiro rubro-negro só olhou, torcendo para a bola não entrar, e viu ser carimbado o poste direito. Ainda na mesma leva de ataques, a equipe de Tcheco aproveitou escanteio a favor. Peninha cobrou e o zagueiro Dirceu, sozinho, cabeceou forte, sem chance para o camisa 1 xavante: 1 a 0.

O gol não impactou negativamente o Brasil – pelo contrário. Atrás no marcador, o time da Baixada passou a controlar as ações por vários minutos. Com outros mecanismos de ataque, já que não havia o pivô de Da Silva, o time de Rogério Zimmermann assustou os mandantes aos 23 minutos. Chicão dominou e concluiu de fora da área, após escanteio. Pedro Paulo voou para espalmar.

O Rubro-Negro ia acumulando ataques e tiros de canto. Um deles gerou lateral do lado oposto. Tony pegou a bola e arremessou na área. Depois de corte parcial, Mário Henrique, artilheiro isolado do Brasil na Série D, pegou de primeira, com força. Pedro Paulo não conseguiu defender e o Xavante empatou: 1 a 1.

A nova mudança no placar afetou a postura das duas equipes. O Caxias se mandou para o ataque e fez o jogo se alterar outra vez. Em trama pela esquerda do ataque, Jonathan recebeu e cruzou rasteiro. O atacante Eron, que estava sumido, se antecipou a Dumas dentro da pequena área. De letra, desviou para fazer 2 a 1.

Falta de eficiência volta a aparecer

Rogério Zimmermann trocou Branquinho, que encerrou o primeiro tempo com dores, por Wellington, para a etapa final. Em um panorama geral, o Xavante teve mais volume ofensivo que o rival. Porém, os problemas de conclusão dos lances se repetiram, aliados a até uma certa dose de azar nas finalizações.

Um chute de Pernão, de fora da área, saiu fraco, nas mãos de Pedro Paulo. A resposta grená saiu com Marciel, que também bateu de longe e quase ampliou. Aos 17 minutos do segundo tempo, RZ promoveu três trocas de uma vez no Brasil: saíram Denis Germano, Rafael Pernão e Guilherme Beléa; entraram Gutierrez (como volante), o estreante Lailson e Da Silva.

O Rubro-Negro ensaiou uma pressão, rondando a área do Caxias. De cabeça, aos 22, Márcio Jonatan ficou perto de empatar. A melhor oportunidade de gol surgiu sete minutos mais tarde. Wellington puxou para dentro e chutou na trave direita de Pedro Paulo. Já com Victor Jesus na vaga do amarelado Mário Henrique (Lailson virou lateral), Márcio Jonatan apareceu de novo, e na pequena área, quase fez.

O placar apertado manteve o Brasil na partida até os últimos minutos, mas na reta final faltou capacidade ofensiva. O time abusou das bolas longas e não ameaçou outra vez.

A entrevista de Zimmermann

Após a derrota, Rogério Zimmermann focou nos elogios à produção ofensiva do Brasil. Sobre a defesa, afirmou existirem pontos a corrigir, mas lembrou da chegada recente de vários jogadores. Apesar de tratar o revés como “horrível”, o treinador ponderou: “Temos que separar o resultado. Nosso time coletivamente foi muito bem. Eu vi evolução”.

Na coletiva, RZ agradeceu à torcida que compareceu ao Centenário e, como destaque, cutucou a postura considerada defensiva do Caxias, ironizando análises de que o time da casa sempre domina os adversários na condição de mandante.

“Eu acho que o Caxias vai subir de divisão, porque ele jogou hoje à moda Brasil. Ele terminou com quatro volantes e três zagueiros. […] No segundo tempo, o Caxias recuou, deu bico, não conseguiu sair jogando. Ele pode tocar a bola, propor jogo, contra os outros times. Contra o Brasil, não. O que se viu aqui hoje [sábado] foi um massacre”, comentou.

Ficha técnica

Caxias (2): Pedro Paulo; Adriel (Lucão – 25’ 2T), Dirceu, Fernando e Jonathan (Moacir – 35’ 2T); Marlon e Marciel; Marcelinho, Peninha (Fabrício Oya – 25’ 2T) e Galvan (Marcão – 25’ 2T); Eron (Elyeser – 33’ 2T). Técnico: Tcheco.

Brasil (1): Marcelo Pitol; Tony, João Marcus, Rafael Dumas e Mário Henrique (Victor Jesus – 31’ 2T); Chicão, Denis Germano (Gutierrez – 17’ 2T); Branquinho (Wellington - intervalo), Guilherme Beléa (Da Silva – 17’ 2T) e Rafael Pernão (Lailson – 17’ 2T); Márcio Jonatan. Técnico: Rogério Zimmermann.

Gols: Dirceu, aos 14’, e Eron, aos 44’ 1T (C); Mário Henrique, aos 34’ 1T (B).

Cartões amarelos: Marciel, Fernando, Pedro Paulo e Fabrício Oya (C); Mário Henrique, Gutierrez e Chicão (B).

Árbitro: Raimundo de Oliveira Junior (CE).

Local: estádio Centenário.

Série D – 4ª rodada
Grupo A8

Sábado
Caxias 2 x 1 Brasil
Hercílio Luz 2 x 1 Camboriú

Domingo
Concórdia x São Joseense
Aimoré x Novo Hamburgo

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